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A invenção do relógio mecânico é controversa. Muitos atribuem que o primeiro relógio mecânico foi inventado pelo Papa Sylvester no ano de 990, entretanto a versão mais aceita é aquela que atribui sua invenção ao imperador chinês Sun Sung no ano de 1090. Esse relógio mecânico ficou também conhecido pelo apelido de "mamute" devido às suas enormes dimensões.
Como em todo relógio mecânico, existem dois problemas cruciais, o primeiro é como conseguir movimentar o relógio e o "mamute" se utilizou de um sistema de acionamento muito óbvio que foi a corrente de água. O segundo, e sempre mais complexo, diz respeito a exatidão da marcação do tempo. De nada adiantaria fazer as engrenagens se movimentarem se não fosse possível fazer com que esse movimento fosse controlado e controlado de tal forma que marcasse as horas e minutos corretamente.
Os chineses utilizaram um sistema muito sofisticado, com uma espécie de palhetas, para fazer a movimentação controlada do relógio e que hoje é conhecido como sistema de escapamento. O sistema de escapamento utilizado no "mamute" foi testado por J.H.Combridge em um modelo reduzido e funcionou corretamente. Esse modelo encontra-se atualmente no Science Museum em Londres (The World's Great Clocks & Watches - Cedric Jagger).
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O sistema de acionamento é o coração de todo relógio mecânico. Após a corrente de água, que era a solução mais óbvia, passou-se a utilizar a força da gravidade com pesos de diferentes dimensões e, posteriormente, o sistema de molas. A utilização da gravidade como força motriz dos relógios permitiu o aumento da precisão, dada à sua constância durante todo o período de funcionamento do mesmo, entretanto foi o sistema de molas que permitiu a redução das dimensões e a sua portabilidade.
Engenhosidade nunca faltou aos relojoeiros e rapidamente começaram a surgir sistemas capazes de compensar a perda da precisão observada com a utilização das molas. Como elas perdiam força progressivamente ao se desenrolarem, uma das técnicas adotadas para solucionar o problema, principalmente pela indústria de relógios ingleses
e, em alguns casos, pela indústria alemã, foi o sistema fusée.
No sistema fusée, o tambor onde está a mola não aciona diretamente o trem de engrenagens, ele transfere a força para um fuso que tem seu diâmetro aumentado à medida que a corrente ou o cordão se desenrola do tambor da caixa de corda, de tal forma que a perda de força da mola é compensada com o aumento do diâmetro da engrenagem que aciona o sistema
Certamente, produtos com maior tecnologia e qualidade têm seu valor aumentado e foi exatamente isso que ocorreu. Até hoje os relógios a corda com sistema fusée são, normalmente, negociados por valores mais elevados.
Na próxima atualização do site serão abordados os sistemas de escapamento desenvolvidos para os relógios mecânicos. Se o sistema de acionamento é o coração do relógio, o sistema de escapamento é o cérebro. Em certos casos, é possível identificar a época de fabricação pelo sistema de escapamento utilizado.
A complexidade na fabricação dos relógios impulsionou a capacidade criativa e a engenhosidade de seus fabricantes à época. Não é sem razão que até o início do Séc.XX os relógios eram as peças mais caras dentro de uma residência e nos Séc.XVIII e XIX estavam restritos às realeza e a nobreza.